terça-feira, agosto 12, 2008

A COMEDIA NO BRASIL: do Padre Anchieta ao Stand up



Foi com a chegada do Padre Anchieta ao Brasil, por volta de 1553, que iniciou-se o teatro por aqui... Um teatro mais voltado a catequese que ao espetáculo, seus originais tinham títulos como
"Na Festa de São Lourenço", "Pregação Universal", "A Santa Inês", "Na Vila da Vitória". "Mistério de Jesus" e "O Rico Avarento e o Lázaro Pobre".
Já a comedia brasileira oficialmente começa em 1838 quando foi lançado O Juiz de Paz na Roça, obra de Martins Pena que marca o início da comédia brasileira.
Martins Pena é na verdade o fundador da comédia de costumes brasileira,. Em sua rápida carreira (morreu aos 33 anos de idade) figuram 20 comédias que constituem, de acordo com o critico e ensaísta Silvio Romero, "o papel histórico da vida do país, na primeira metade do século XIX". Embora dotado de uma linguagem realmente popular, sua comedia, as vezes sátiras artificiais já distantes da platéia de hoje, podem surpreender na mão de bons diretores, que tem remontado com êxito várias de suas peças, como por exemplo, O Noviço.
Já o teatro de revista tornou-se o grande gênero popular no Brasil mais perto do final do século XIX.
Pode-se caracterizar o teatro de revista como um veículo de difusão de modos, e de novo, de costumes, como um estimulador do riso e da alegria através de falas irônicas e de duplo sentido e canções maliciosas...


A questão visual era de grande importância, e por isso, os cenários criados eram fantasias multicoloridas, O corpo, neste contexto, era muito valorizado, fosse pelo uso de roupas exóticas ou pela nudez das vedetes, a estrela típica desse tipo de espetáculo....
O acompanhamento musical também era uma de suas características marcantes. Seus autores acreditavam que comentar a realidade cotidiana com a ajuda da música tornava mais agradável e eficiente a transmissão das mensagens.
Seu texto concentrava-se na “revista”, ou seja, na recapitulação dos principais acontecimentos do país no ano precedente da estréia da peça, retratados de forma cômica, política e crítica. Além disso, o teatro de revista revelou artistas de renome, que tornaram-se, imediatamente, idolatrados por todo o país. É o caso de Araci Cortes, Grande Otelo, Bibi Ferreira, Mara Rúbia, Sonia Mamede(Foto), Virgínia Lane, Renata Fronzi, Carvalhinho, entre outros
Pode se destacar Oscarito como um dos nomes mais lembrados entre os comediantes brasileiros, por sua atuação tanto no teatro, como no cinema e tv numa carreira longa de mais de mais de 30 anos e descendente de uma quatrocentona família circense.
Um embrião do chamado stand up comedy, foi Silveira Sampaio , o primeiro one-man-show do Brasil...
Autor de uma dramaturgia muito original, atuou em quase todos seus espetáculos sempre com platéias cativas. "A Inconveniência de ser Esposa", "Da Necessidade de ser Polígamo" e "A Garçoniere de meu Marido", fazem parte da "Trilogia, do Herói Grotesco".

2 comentários:

you're no fun any more disse...

a comédia brasileira nunca foi meu forte. não desgosto, mas o que gosto é pouco. claro, sou nova. tenho vinte e poucos anos, ou seja, enlatados como Seinfeld, Merried with Children e Mad About You, foram minhas babás e sou filha do John Cleese com o Eric Idle. das coisas tupiniquins que salvo, vi em teatros e em filmes antigos (até mesmo em Trapalhões, morria com o Mussum). gosto dessa "nova onda" de valorizar o humor. na verdade sempre teve público, mas agora tem tietagem, e tietagem atrai mais público que atrai mídia que atrai tietagem e assim por diante. uma das poucas coisas que falta é, o que me deixa mais puta, galera entender a diferença entre stand up e sketch. também falta uma mudança de postura quanto ao humor... mas isso deve ser coisa da minha cabeça.
see ya.
you're no fun any more

Lelê Fagundes disse...

Olá Marcelo Mansfield! Tudo bem? Já usamos vídeos seus no nosso blog! O último post fala sobre erros de português. Lembrei de um vídeo seu e do Rafinha Bastos sobre o "assassinato" cometido pelo casal Nardoni.
Dá uma passadinha lá! Espero que goste!
Parabéns pelo trabalho!
Abs,